terça-feira, 30 de novembro de 2010

" É sábio o homem que pôs em si
 tudo que leva à felicidade ou dela se aproxima "
                          
                                                                               Sócrates



" Todos os indivíduos têm potencial para ser criativos, mas só serão se quiserem "

                                                                     Howard Gardner

" Quem tem muito pouco, ou quase nada, merece que a escola lhe abra os horizontes "

                                                                    Emilia Ferreiro

" Se a Educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda "

                                                                        Paulo Freire

" É preciso mostrar aos alunos que o trabalho e a vida deles são uma parte do trabalho e da vida do país "

                                                                Anton Makarenko

terça-feira, 23 de novembro de 2010

RESENHA CRÍTICA

Afife Salim Sarquis Fazzano nasceu em Martinópolis/SP. Pedagoga diplomou-se pela UNESP, Campus de Presidente Prudente, em 1973. No mesmo Campus cursou, em 1974, a Habilitação em Supervisão Escolar. Concluiu, em 1982, a Especialização em Magistério no Ensino Superior na Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE - Presidente Prudente/SP. Em 1998, concluiu na mesma universidade o Curso de Mestrado em Educação.
O livro: “Do outro lado do mundo, do outro lado da escola: trajetórias de vida e tentativas de superação da marginalização” traz uma história, contada pela autora Afife, de alguns jovens integrantes de grupos rappers da “Comunidade Cockpit” de Presidente Prudente, onde ela analisa e observa durante alguns anos toda trajetória de vida desses jovens e suas tentativas de superação da marginalidade.
A autora apresenta depoimentos, entrevistas dos integrantes da “Comunidade Cockpit” de Presidente Prudente, que se podem notar claramente as fases de suas trajetórias pessoais frustrantes de pobreza e miséria, com destaque para o sistema de educação formal, contribuindo ou dificultando o processo de inserção na sociedade.
Esse grupo de jovens que forma a “Comunidade Cockpit” tem o objetivo de prevenir a sociedade, se expandir no meio dos jovens tentando arrebatá-los e, através de um trabalho educacional e artístico, afastá-los das ruas e das drogas.
Toda trajetória dessa comunidade, como em tudo na vida, também teve suas dificuldades e problemas, mas mesmo assim eles persistiram e seguiram sempre avante.
O que mais revoltou a autora é o fato dela estar de mãos atadas diante das cenas de jovens em condições tão precárias que não acreditam em educação na escola, mas somente na educação que os tombos da vida lhes dão.
A autora também escreve sobre as influências da educação formal e informal na formação do indivíduo e sobre o conceito de marginalização enquanto processo social.
De um modo geral, penso que qualquer pessoa independente se é ou não um educador ou pedagogo, deveria ler este livro.
Muitos pensam que a marginalização, a falta de educação acessível a todos, está presente apenas nas grandes metrópoles, mas não é o que Afife nos prova em seu livro.
A história da “Comunidade Cockpit” de Presidente Prudente me fez enxergar uma realidade no qual eu nunca vivi. Deu-me total coragem e estímulo para ser uma educadora que faça a diferença, pois existem milhões de jovens e crianças como os da “Comunidade Cockpit” a espera de alguém que lhes dê apoio, esperança e educação (que é o melhor caminho para fugir da marginalidade e das drogas).


Renascimento

O Renascimento surge entre os séculos XIV e XVII na civilização europeia, com a intenção de reviver a literatura clássica greco-romana. 
Durante o período renascentista várias mudanças ocorreram. A princípio, a denominação deste movimento cultural propõe uma ressurreição do passado clássico, fonte de inspiração e modelo seguido.
Logo, o homem é valorizado, bem como a natureza, pois é concreta e visível. O humanismo e antropocentrismo se despontam em oposição ao teocentrismo, ao divino, ao sobrenatural.
O ser humano começa a se vangloriar por sua razão, por sua capacidade de
raciocínio, por seu cientificismo.
Logo, todas as formas de
arte refletem esse ideário: a literatura, a filosofia, a escultura e a pintura.
Nessa última destacam-se: Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael e Botticelli.
A nova realidade econômica, com a decadência do feudalismo e ascensão do capitalismo, por si só, exigiu uma reformulação na arte. Afinal, os burgueses começavam a frequentar universidades e as grandes navegações aceleravam ainda mais o processo cultural através do comércio.
Enquanto isso, os autores humanistas italianos se despontavam: Dante Alighieri, Francesco Petrarca e Giovanni Boccaccio.
Contudo, os autores tipicamente renascentistas são portugueses: Sá de Miranda, Antônio Ferreira e Luís de Camões.
A literatura tenta recuperar a Antiguidade Clássica através da retomada de seus modelos artísticos. Assim, a busca pela perfeição estética e a pureza das formas, trazem de volta os
sonetos, a ode, a elegia, a écloga e a epopeia, inspirados em Homero, Platão e Virgílio.

Características do Renascimento:
a - antropocentrismo (o homem no centro): valorização do homem como ser racional. o homem passa a ser visto como a mais perfeita obra da natureza. Tem capacidade criadora e pode explicar os fenômenos à sua volta.
b - otimismo: acreditavam no progresso e na capacidade do homem de resolver problemas. Apreciavam a beleza do mundo e tentavam captá-la em suas obras de arte.
c-racionalismo: tentativa de descobrir pela observação e pela experiência as leis que governam o mundo. A razão passa a ser a base do conhecimento, indo de encontro ao saber baseado na autoridade, tradição e inspiração religiosa que marcou a cultura medieval.
d - humanismo: o humanista era aquele que traduzia e estudava os textos antigos, principalmente grego-romanos. Uma das características desses humanistas era a não especialização. Seus conhecimentos eram abrangentes.
e - hedonismo: valorização dos prazeres sensoriais. Esta visão se opunha à idéia medieval de associar o pecado aos bens e prazeres materiais.
f-individualismo: a afirmação do artista como criador individual da obra de arte se deu no Renascimento. O artista renascentista assinava suas obras, tomando-­se famoso.
g-inspiração na antiguidade clássica: procuraram imitar a estética dos antigos gregos e romanos. O próprio termo Renascimento foi cunhado pelos contemporâneos do movimento, que pretendiam estar fazendo re­nascer aquela cultura, desaparecida durante a “Idade das Trevas” (Média).


Juan Luís Vives.

 O pensamento pedagógico renascentista influenciou diretamente a educação por meio da teoria heliocêntrica, defendida por Copérnico. Tiveram vários fatores que influenciaram esse pensamento: as grandes navegações, a invenção da bússola e da imprensa.
A pedagogia renascentista foi muito influenciada pelo pensamento greco-romano, onde se tinha uma idéia de educação completa, tanto no físico como no intelectual, novas idéias e pensamentos resgatando a cultura greco-romana, a literatura clássica.
Juan Luís Vives endereçou sua concepção educativa para a formação dos filhos dos burgueses (ele foi preceptor da princesa Maria e leitor da rainha Catarina de Aragão, mulher de Henrique VIII). Criticou a educação escolástica (que foi o último período do pensamento cristão em que a filosofia era ensinada nas escolas pelos escolásticos. Essa educação escolástica era oferecida pela Igreja Católica. Ele mesmo foi educado pela educação escolástica, por isso a condena, pois ele viveu e sentiu essa infeliz educação, como ele mesmo diz.
Vives enfatizava a importância da psicologia que era necessária para entender a mente da criança, e a adaptação desta psicologia à realidade da criança. Essa mesma idéia foi apontada pelo holandês Erasmo de Rotterdam (eram muito amigos, comungavam as mesmas idéias, ensinaram na mesma universidade e ambos integravam a corrente humanista da Ciência Nova, reintrodutora dos valores greco-romanos da educação clássica), que defendia o amadurecimento da criança, criticando os métodos severos de castigos físicos. Enfatizou um ensino no qual as crianças aprendiam brincando (ensino lúdico). Essa crítica também foi evidenciada na obra de Montaigne.
Vives aconselhava uma sólida educação física, porque os exercícios físicos são indispensáveis para o crescimento dos jovens: corridas e jogos com bolas, mas a partir dos quinze anos os exercícios devem aumentar a intensidade (longas marchas, corridas, saltos, lutas, etc.)
Ele foi um dos primeiros a solicitar a remuneração para os professores e dizia que o poder público deve se encarregar dos cuidados com a Educação.
Valoriza os métodos indutivos e experimentais, e também reconhece a importância da observação doa fatos e da ação como meio de aprendizagem. O ensino deve se realizar de acordo com a personalidade e natureza do aluno.
O ideal vivista era de que toda a humanidade falasse a mesma língua, o latim, nesse caso, foi apontado por ele.
Ele seguiu os passos de outros humanistas anteriores como Lorenzo Valla e Rodolfo Agrícola.
A idéia de Vives na educação infantil era diversificada e concreta, isso pode ter influenciado Rousseau por meio de Montaigne.
Preocupava-se com a educação feminina também, mesmo considerando que a mulher deve estar no lar.
Apesar de muito influente, Juan Luís Vives tem sido desconhecido, não é a toa que agente só encontrou poucas coisas sobre ele.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

PAULO FREIRE.

 Paulo Freire nasceu em 1921, na cidade de Recife-PE, em uma família de classe média. Inicialmente ele foi estudante de Direito, mesmo conservando seu interesse pela filosofia e a psicologia. Filosoficamente, se inspirou na fenomenologia, no existencialismo, no personalismo católico e no marxismo humanista. Em 1962, Paulo Freire fundou o Serviço de Extensão Cultural (SEC), no seio da então Universidade de Recife. Em 1963-64 coordenou o Programa Nacional de Alfabetização do Ministério da Educação e Cultura, utilizando o "método Paulo Freire". Em 1964, um golpe de estado militar obriga Paulo Freire a se exilar no Chile, tempo em que aperfeiçoou seu método de "conscientização", que se torna o método oficial do governo democrático cristão do Chile. Ele participa também de várias iniciativas cujo objetivo é a "aplicação da conscientização como instrumento libertador no processo de educação e de transformação social" em diferentes países europeus e africanos. O Instituto Paulo Freire é criado em São Paulo em 1991 com a finalidade de ser um lugar de debate para os profissionais da educação. Faleceu em maio de 1997.
Paulo Freire é considerado um dos maiores educadores da atualidade e mundialmente respeitado pela sua práxis educativa através de numerosas homenagens. É autor de inúmeras obras, entre elas:  Educação como prática da liberdade (1967),  Pedagogia do oprimido (1968), Cartas à Guiné-Bissau (1975),  Pedagogia da esperança (1992),  À sombra desta mangueira (1995).
Conhecido principalmente pelo método de alfabetização de adultos que leva seu nome, ele desenvolveu um pensamento pedagógico assumidamente político. Para Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno. Isso significa, em relação às parcelas desfavorecidas da sociedade, levá-las a entender sua situação de oprimidas e agir em favor da própria libertação. O principal livro de Freire se intitula justamente Pedagogia do Oprimido e os conceitos nele contidos baseiam boa parte do conjunto de sua obra.
Ao propor uma prática de sala de aula que pudesse desenvolver a criticidade dos alunos, Freire condenava o ensino oferecido pela ampla maioria das escolas (isto é, as "escolas burguesas"), que ele qualificou de educação bancária. Nela, segundo Freire, o professor age como quem deposita conhecimento num aluno apenas receptivo, dócil. Em outras palavras, o saber é visto como uma doação dos que se julgam seus detentores. Trata-se, para Freire, de uma escola alienante, mas não menos ideologizada do que a que ele propunha para despertar a consciência dos oprimidos. "Sua tônica fundamentalmente reside em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade", escreveu o educador. Ele dizia que, enquanto a escola conservadora procura acomodar os alunos ao mundo existente, a educação que defendia tinha a intenção de inquietá-los.
Para Paulo Freire educar é um ato político, pois se assume um compromisso com o outro, para que este possa ser sujeito da sua história e do seu processo de aprendizagem. Segundo ele é impossível pensar em educação sem afirmar que: “a leitura do mundo precede a leitura da palavra”.
A metodologia que ele utilizou durante toda a sua vida foi o método dialógico, o qual não é apenas um método ou uma teoria pedagógica, mas uma práxis que tem como objetivo libertar a opressão atuante na nossa sociedade.
 Para ele é impossível qualquer ação humana sem comunicação dialógica, sendo que essa comunicação tem que ser horizontal, posto que se trata de sujeitos sociais que compartilham a experiência de transformarem o mundo e se autotransformarem. O conteúdo do diálogo é justamente o conteúdo programático da educação
Para Paulo Freire a apreensão do conhecimento do objeto, é estabelecida fundamentalmente no ato de ensinar e de aprender, do qual o educando e educador fazem parte. Nessa perspectiva, aprender é uma descoberta criadora, com abertura ao risco e a aventura do ser, pois ensinando se aprende e aprendendo se ensina.
Na sua concepção o homem só começa a ser um sujeito social, quando estabelece contato com outros homens, com o mundo e com o contexto de realidade que os determina geográfica, histórica e culturalmente. O Homem é um ser autônomo, tridimensional ao tempo (passado, presente, futuro).
O educador é um profissional da pedagogia da política, da pedagogia da esperança, pois é ele quem necessita construir o conhecimento com seus alunos. Segundo Paulo Freire o educador deve ter como horizonte um projeto político de sociedade. Na sua perspectiva para ser educador é indispensável: rigorosidade metódica, pesquisa, respeito aos saberes do educando, criticidade, risco, reflexão crítica sobre a prática, pensar certo, liberdade e autoridade, humildade, e amorosidade pelo outro.
O educando é um dos eixos fundamentais de todo o trabalho. No entendimento de Paulo Freire o educando é o sujeito do seu conhecimento. Isto significa que o educando precisa se conscientizar de que ele é um agente transformador do mundo, capaz de refletir criticamente sobre seu papel nos processos sociais transcendendo essa concepção para a crença de que ele pode promover profundas transformações em si, e por conseqüência, no mundo em que vive.
Enfim, a concepção de educação de Paulo Freire, não pode ser percebida apenas como uma crítica à educação tradicional e autoritária, mas como uma ética pedagógica profundamente democrática. Afinal,  educar é libertar o ser humano da opressão reconhecendo e percebendo-o como um ser histórico e temporal, que faz sua própria história!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Globalização.

Globalização é um envolvimento econômico, social e político entre vários países e nações, onde estão totalmente interligados pelo comércio gerando uma interdependência mundial, ou seja, se um desses países passa por alguma crise econômica, automaticamente outros países também sofrerão esse impacto.
O processo de Globalização contribui mutuamente para o mundo. Mas essa contribuição pode ser vista e analisada através de aspectos positivos e negativos que me atingem diretamente ou indiretamente.
Aspectos positivos
Com a liberação da relação de comércio entre diversos países do mundo, a queda na inflação e a modernização da economia, devido à entrada de produtos importados, eu posso usufruir produtos importados mais baratos e de melhor qualidade, tendo ainda a opção de escolha.
Exemplo: brinquedos e eletrodomésticos que eu compro da China por preços razoáveis.
A Globalização contribui fortemente para o avanço e modernização dos meios de transportes e meios de comunicação, no qual me permite total acesso à Internet, celular, automóveis, avião, televisão, tornando minha vida melhor com mais praticidade e rapidez de informação.
Exemplo: eu posso fazer contato com uma pessoa que mora no Japão em tempo real, sem precisar me locomover de minha casa. E mesmo que eu queira me locomover ainda tenho a opção de fazer uma viajem de avião (que é o meio mias rápido e confortável), helicóptero, navio, e em breve chego até o Japão. Essa realidade antes da Globalização era utopia, sonho, mas hoje é real.
Toda essa possibilidade maior de troca de informação com o mundo todo permite que as culturas evoluam e se modernizem de acordo com seus costumes e preferências.
Exemplo: antigamente o conhecimento se baseava no senso comum (mito), eu hoje não acredito em mito, mas sim na ciência e na filosofia concreta, onde se tem fatos comprovados. Algo que não seja comprovado não tem valor para mim, não faz parte da cultura que atua hoje (razão). O que antes era imoral e não fazia parte de nossos costumes, como por exemplo, usar roupas curtas que mostrem e moldem partes do corpo, hoje é normal e faz parte do meu vestuário e dos meus costumes.
Com toda informação que tenho hoje em dia posso perceber outro ponto muito importante do processo de Globalização, que é a possibilidade de levar as pessoas de todo o mundo a pensar em soluções para os problemas globais que tem me afetado e também o planeta.
Exemplo: o problema do aquecimento global, racismo, prevenção e combate à AIDS, entre outros. Afinal, eu como toda pessoa, estou sempre em busca de um mundo melhor para se viver, menos poluído, menos preconceituoso e mais prevenido. Essa preocupação que visa uma ação transformadora deve-se à Globalização.
Aspectos negativos
Entre tanta exigência de modernidade e rapidez que o sistema globalizado impõe, várias pessoas não conseguem acompanhar esse ritmo, e acabam sendo prejudicadas. Essa exigência gera muita competitividade entre empresas, onde se exige produzir mais com menos gente. O resultado disso é na certa o desemprego.
Exemplo: eu que tenho apenas dezoito anos de idade, sem emprego, não possuo nenhuma experiência profissional e nem curso profissional, apenas tenho ensino fundamental e médio completo. Diante do meu perfil profissional e das exigências que a Globalização impõe, será que eu tenho chances de conseguir um emprego? Dificilmente. Essa difícil realidade eu vivo e sinto na pele. Para mudar essa realidade é necessário que eu faça cursos profissionalizantes, que eu faça uma faculdade, mas e se eu não tiver capital suficiente para isso tudo? Ou eu me incluo nas exigências do sistema globalizado ou continuarei sem emprego.
Juntamente com o desemprego surge outra conseqüência da Globalização: a pobreza. Esse sistema capitalista dificulta o acesso de todos uniformemente á riqueza que esse sistema produz, nisso vemos tamanha desigualdade social, e isso amplia a oposição entre a classe social rica e a classe social pobre, gerando muitos conflitos.
Exemplo: enquanto os mais abastados em dinheiro andam pelo mundo afora de jatinhos particulares, se vestem com roupas de grife caríssimas e se alimentam de caviar, outros nem sequer tem pão seco para se alimentar, nem roupas decentes para se vestir, que dirá jatinho particular. Enquanto os “filhinhos de papai” escolhem a faculdade que querem, eu faço a faculdade que eu posso e que o governo me possibilita, e olhe lá ainda. Os ricos fazem o que querem e os pobres fazem apenas o que podem!
Com toda evolução da tecnologia que podemos usufruir em nossos dias, eu pude perceber o quanto isso traz comodidade e praticidade. Mas é como se diz: “Tudo que é demais estraga”. A tecnologia tem me deixado mais afastada das pessoas, e mais perto das máquinas. Isso me deixa muito dependente e preguiçosa.
Exemplo: eu mesmo faço bom proveito da internet e do celular, até demais. Hoje não consigo mais sair de casa sem o celular no bolso, e até prefiro resolver situações pelo celular do que pessoalmente, pois é mais fácil. Prefiro conversar com amigos e parentes pela internet do que pessoalmente. Eu na maioria das vezes só faço as pesquisas e os trabalhos da escola e da faculdade com o uso da internet, pois tenho preguiça de ir até a biblioteca, procurar um livro, xerocar as páginas que vou utilizar e depois devolver o livro. É bem mais fácil assistir um filme em casa na T.V do que ir até cinema para fazê-lo.
A globalização tem vários benefícios, Pois é um sistema que envolve capital, comércio, multinacionais, entre outros. Mas o problema é que ela não traz benefícios a todos igualmente. E a educação é uma área na qual se pode ver isso bem evidente.
Exemplo: sempre estudei em escola pública, desde o ensino básico infantil até o ensino médio. E é nas escolas públicas ou estaduais que se vê tal desigualdade. Nas escolas por onde passei não tinham materiais e ferramentas suficientes para serem usadas como método de ensino. E se tinham como exemplo os computadores, não eram utilizados, por falta de profissionais capacitados e por falta de computadores suficientes para todos. O que podia ser uma ferramenta que facilitasse e acelerasse o processo de ensino, se torna apenas um objeto a mais para acomodar poeira. E sem contar a falta de ventiladores, que hoje em dia são substituídos por ar condicionados, e até a falta de profissionais formados especificadamente para as devidas matérias. Muitas vezes eu tinha uma aula de matemática, por exemplo, e quem lecionava a aula era um professor formado geografia ou em português. Nessas horas percebo o quanto a globalização escolhe e privilegia apenas parte da sociedade e a outra parte se vira como pode!
Diante desses aspectos que foram analisados aqui se chega a uma conclusão: a Globalização é um sistema ótimo, mas se for aplicado de forma que beneficie a todos igualmente e que respeite as pessoas e suas culturas, e que nada seja imposto, mas sim arbitrário.
E para que esse sistema seja realmente benéfico, é necessário ter limite, ou seja, tem que colocar rédea ou freios nesse sistema, para que não percamos o controle das coisas, pois o que buscamos é viver melhor e ser feliz, e se a Globalização pode contribuir pra isso, façamos valer a pena.




Educação Ambiental

Desde a formação do mundo, o homem e o meio ambiente, tinham uma relação de respeito e reciprocidade, onde o ser humano explorava a natureza a fim de suprir apenas as suas necessidades.
Os anos se passaram e o número de habitantes do planeta aumentou, e consequentemente o consumo e exploração do meio ambiente também, fazendo com que a relação de respeito que havia entre o homem e a natureza perdesse o seu valor, causando assim um grande impacto devastador no meio ambiente, como contaminação dos cursos de água, poluição atmosférica, devastação das florestas, caças indiscriminadas e destruição dos habitats faunísticos. Para amenizar este problema foi criada a educação ambiental com o objetivo de gerar uma consciência ecológica em cada ser humano, permitindo assim mudar o comportamento do mesmo em relação à natureza.
E foi Durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente realizada em Estocolmo, na Suécia, em 1972, que a sociedade tomou conhecimento dos problemas ambientais e os governos definiram que a saída para mudar o mundo seria a educação. Os processos educativos ficaram racionais e a escola descuidou dos sentimentos, das sensações e das relações em sala de aula, esquecendo o ar, a água, o corpo, o bairro, a cidade, o planeta. Ora, se a educação ambiental pretende resolver os problemas ambientais pela formação das pessoas, é preciso usar ferramentas transformadoras. Umas delas é a educação.
A Educação Ambiental não se trata apenas de um tipo de educação, mas, de um processo contínuo e longo de aprendizagem, de uma filosofia de trabalho, de um estado de espírito em que todos: família, escola e sociedade, devem estar envolvidas.
Mais do que uma simples forma de transmitir informações e conhecimentos sobre os recursos naturais. A Educação Ambiental é uma ferramenta indispensável à construção de novos valores e atitudes, voltados ao desenvolvimento de uma sociedade comprometida com a solução de seus problemas ambientais, proporcionando condições adequadas de sobrevivência para os atuais e futuras gerações.
E a chave para esse desenvolvimento é a sustentabilidade, onde está presente a participação, a organização, a educação e o fortalecimento das pessoas. O desenvolvimento sustentável não é centrado na produção, e sim nas pessoas. Deve ser apropriado não só aos recursos e ao meio ambiente, mas também à cultura, história e sistemas sociais do local onde ele ocorre.
Viver em sustentabilidade é usufruir o que se tem sem prejudicar as gerações futuras. Ser sustentável é usar somente o necessário, promover o melhor tanto para as pessoas, assim como para o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. E assim a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável.
A Educação Ambiental no Brasil é um tema novo não tendo mais de 20 anos de uma discussão mais consistente. Existem ainda poucas instituições de nível superior que a oferecem como disciplina. Porém esta situação está mudando, e a Educação Ambiental na graduação vem ganhando espaço, principalmente nos cursos de licenciatura, o que não diminui também a sua importância nos cursos de bacharelado possibilitando a aparição de novas pesquisas. Apesar disso, “a Educação Ambiental no que se refere ao ensino de graduação é uma área de conhecimento pouco investigada no Brasil”.(SANTOS, 2002, p.56).
Procurando entender o funcionamento da Educação Ambiental como disciplina, torna-se necessário reconhecer a sua contribuição para a disciplina e para o desenvolvimento teórico e metodológico da Educação Ambiental. Sabe-se que as limitações existem, pois “não há pratica educativa, como de resto nenhuma prática, que escape a limites. Limites ideológicos, epistemológicos, políticos, econômicos, culturais” (FREIRE, 1995, p. 96). Porém, estes limites reconhecidos por Paulo Freire, contribuem para o desenvolvimento das discussões propostas pela Educação Ambiental.
Para tanto, é necessário que o professor entenda a importância de sua contribuição em sala de aula. Segundo SAVIANI (1989, p.89) “tal contribuição será tanto mais eficaz quanto mais o professor for capaz de compreender os vínculos da sua pratica com a pratica social global”.
Existe a necessidade de uma ação direcionada de forma a integrar dialeticamente a totalidade do educando, buscando transformá-lo e, conseqüentemente, transformar o meio.
É necessário também que o tema meio ambiente seja incluído no projeto pedagógico da escola como uma ferramenta permanente, indo além dos temas transversais, e sim, permeando de maneira interdisciplinar e transversal as disciplinas contempladas no currículo, aproveitando o conteúdo específico de cada área, de modo que se consiga um perspectiva de contribuição para uma melhor assimilação da relação entre a Educação e a posição do homem dentro das interações ambientais, visando uma compreensão mais globalizada das questões ambientais.
O processo educativo proposto pela Educação Ambiental tem objetivo de formar sujeitos capazes de compreender o mundo e agir nele de forma crítico-consciente. Sua meta é a formação de sujeitos ecológicos.
“A Educação Ambiental fomenta sensibilidades afetivas e capacidades cognitivas para uma leitura do mundo do ponto de vista ambiental. Dessa forma, estabelece-se como mediação para múltiplas compreensões da experiência do indivíduo e dos coletivos sociais em suas relações com o ambiente. Esse processo de aprendizagem, por via dessa perspectiva de leitura, dá-se particularmente pela ação do educador como intérprete dos nexos entre sociedade e ambiente e da Educação Ambiental como mediadora na construção social de novas sensibilidades e posturas éticas diante do mundo”.(Carvalho, Isabel C.M Educação Ambiental: A Formação do Sujeito Ecológico).
Enfim o problema ambiental é resultado de uma crise de percepção. Se quisermos resolver essa crise, temos de melhorar nosso entendimento sobre o mundo. Assim, criamos um território fértil para encontrar soluções, e a escola pode ajudar nisso durante as aulas, promovendo diálogos, onde os estudantes conversam, analisando o que pensam sobre aquele assunto e procurando entender o que está acontecendo em nosso planeta. Esse é um exercício de observação de nossa forma de pensar e das dificuldades de aceitar opiniões diferentes.
Portanto estamos certos de que a Educação Ambiental poderá contribuir para a superação de muitos dos problemas atuais de nossa sociedade, para que assim possamos viver de maneira mais coerente com os ideais de uma sociedade sustentável, democrática e consciente.

BIBLIOGRAFIAS

Ambiente Brasil>Conteúdo>Educação>Educação Ambiental. Disponível em:            <http://ambientes.ambientebrasil.com.br/educacao/educacao_ambiental/educacao_ambiental.html> Acesso em: 25/10/2010.

Educação Ambiental e a Escola, uma ferramenta na gestão de resíduos sólidos urbanos. Disponível em: < http://www.cenedcursos.com.br/educacao-ambiental-e-a-escola.html> Acesso em: 24/10/2010.

O que é Educação Ambiental? Disponível em: <http://www.artigonal.com/educacao-artigos/o-que-e-educacao-ambiental-387596.html> Acesso em: 30/10/2010.

Rita Mendonça “O educador ambiental ensina por suas atitudes”. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/rita-mendonca-educador-ambiental-ensina-suas-atitudes-426107.shtml> Acesso em: 24/10/2010.
FREIRE, Paulo. Política e Educação. 2. ed. São Paulo:Cortez, 1995.

SANTOS, Erivaldo Pedrosa do. “Educação Ambiental do Curso de Pedagogia: uma experiência singular”. In: PEDRINI, Alexandre Gusmão (Org.). O Contrato Social da Ciência. Petrópolis: Vozes, 2002.

SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. São Paulo: Cortez, 1989.

REIGOTA, Marcos. O que é educação ambiental / Marcos Reigota.2.ed.revista e ampliada. São Paulo: Brasiliense, 2009.

GUIMARÃES, Mauro. A dimensão ambiental na educação / Mauro Guimarães. Campinas, SP: Papirus, 1995.