terça-feira, 23 de novembro de 2010

Renascimento

O Renascimento surge entre os séculos XIV e XVII na civilização europeia, com a intenção de reviver a literatura clássica greco-romana. 
Durante o período renascentista várias mudanças ocorreram. A princípio, a denominação deste movimento cultural propõe uma ressurreição do passado clássico, fonte de inspiração e modelo seguido.
Logo, o homem é valorizado, bem como a natureza, pois é concreta e visível. O humanismo e antropocentrismo se despontam em oposição ao teocentrismo, ao divino, ao sobrenatural.
O ser humano começa a se vangloriar por sua razão, por sua capacidade de
raciocínio, por seu cientificismo.
Logo, todas as formas de
arte refletem esse ideário: a literatura, a filosofia, a escultura e a pintura.
Nessa última destacam-se: Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael e Botticelli.
A nova realidade econômica, com a decadência do feudalismo e ascensão do capitalismo, por si só, exigiu uma reformulação na arte. Afinal, os burgueses começavam a frequentar universidades e as grandes navegações aceleravam ainda mais o processo cultural através do comércio.
Enquanto isso, os autores humanistas italianos se despontavam: Dante Alighieri, Francesco Petrarca e Giovanni Boccaccio.
Contudo, os autores tipicamente renascentistas são portugueses: Sá de Miranda, Antônio Ferreira e Luís de Camões.
A literatura tenta recuperar a Antiguidade Clássica através da retomada de seus modelos artísticos. Assim, a busca pela perfeição estética e a pureza das formas, trazem de volta os
sonetos, a ode, a elegia, a écloga e a epopeia, inspirados em Homero, Platão e Virgílio.

Características do Renascimento:
a - antropocentrismo (o homem no centro): valorização do homem como ser racional. o homem passa a ser visto como a mais perfeita obra da natureza. Tem capacidade criadora e pode explicar os fenômenos à sua volta.
b - otimismo: acreditavam no progresso e na capacidade do homem de resolver problemas. Apreciavam a beleza do mundo e tentavam captá-la em suas obras de arte.
c-racionalismo: tentativa de descobrir pela observação e pela experiência as leis que governam o mundo. A razão passa a ser a base do conhecimento, indo de encontro ao saber baseado na autoridade, tradição e inspiração religiosa que marcou a cultura medieval.
d - humanismo: o humanista era aquele que traduzia e estudava os textos antigos, principalmente grego-romanos. Uma das características desses humanistas era a não especialização. Seus conhecimentos eram abrangentes.
e - hedonismo: valorização dos prazeres sensoriais. Esta visão se opunha à idéia medieval de associar o pecado aos bens e prazeres materiais.
f-individualismo: a afirmação do artista como criador individual da obra de arte se deu no Renascimento. O artista renascentista assinava suas obras, tomando-­se famoso.
g-inspiração na antiguidade clássica: procuraram imitar a estética dos antigos gregos e romanos. O próprio termo Renascimento foi cunhado pelos contemporâneos do movimento, que pretendiam estar fazendo re­nascer aquela cultura, desaparecida durante a “Idade das Trevas” (Média).


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